terça-feira, 13 de março de 2012

Actos e palavras

E quanto mais tento esquecer-te mais me lembro de ti. Mais me lembro do teu sorriso, do teu perfume e dos nossos beijos demorados. Abano a cabeça na expectativa da tua imagem abandonar-me a mente. Que saudades. Que saudades daquilo que vivemos e, de tudo aquilo que ainda estava para vir.

Que aperto me vai na alma. Que saudade tão vasta para uma esperança tão minúscula. As tuas palavras, todas as tuas promessas que não passaram para actos. Não passaram da tua boca. Que cobardia!

Tento ocupar o meu tempo com coisas inúteis. Não quero que recordações antigas me assaltem novamente os pensamentos. Não quero ficar presa a uma nostalgia sem fim, num labirinto que não tem saída. E deixo de acreditar em tudo, em todos e em mim.

Quero um comando para a minha mão e repetir a cena do beijo vezes sem fim, imaginando que somos nós os protagonistas do filme. Talvez até sejamos, mas num outro tempo, num passado distante e, num futuro em que tu já não me pertences mais.

Quero sorrir e, no meu olhar não quero mais a tua sombra. Quero escutar o vento, o mar e tudo o que a vida tem para me dar, sem ouvir o teu sussurro. Quero viver e não tentar sobreviver cada dia que passa. Não te esquecerei, apenas ficarás guardado no meu coração, num canto acolhedor. E prometo, prometo que sempre que sentir a tua falta, lembrar-me-ei de ti com todo o carinho.

(não sei se gosto desse texto. mas gostei de escrevê-lo)