Parecia ser tudo tão perfeito…tudo tão eterno. Mas percebi que nada é para sempre. O passado fica para trás das costas. O teu sorriso, o teu olhar, o teu cheiro, o teu ar doce. Não podemos voltar a ser o que o tempo levou. Nada foi esquecido, nada se apagou das nossas memórias. Ainda lembro-me do sentido da vida. Ainda oiço as tuas palavras na minha memória. Ainda estão presentes como a dor que lido no dia-a-dia. Sim, eu sei parece estúpido. Mas apenas chama-se desespero. Nunca o sentiste? Então não és humano. Nada acontece por acaso. Com os erros aprendi…aprendi a calcular todos os meus passos, aprendia ser quem sou. Tornei-me forte, coisa que tu nunca foste. Fui capaz de passar por cima…e tu? Que fizeste? Ignoraste-me! Sabes como me senti? Sem chão, sem horizonte, sem objectivos a seguir na vida.
Voltei a esconder-me de mim mesma, voltei a ter vergonha de me olhar ao espelho…voltei a sentir que era um caso perdido…
Não te culpo, culpo-me apenas a mim, por ter sido tão ingénua.
Mas ainda me pergunto se te lembras de “nós”. Eu…eu lembro-me. As gargalhadas ficaram-me gravadas. A despedida…foi dolorosa, mas se assim não fosse ,não restaria muito de mim hoje. Pensei que o mundo tivesse desmoronado em cima de mim…mas não apenas foi o começo de uma nova vida, de uma nova identidade. Chorava à noite, quando no quarto o silêncio reinava. Chorava baixinho, com medo de ser descoberta. Esperei por ti, ainda com esperanças que voltasses. Com esperanças de poder voltar a correr para os teus braços, e gritar pelo teu nome. Percebi que a tua decisão estava tomada, nada fazia-te mudar de ideias. Limpei as minhas lágrimas, ergui a cabeça e acabei por sorrir…Mudei…não por ti, mas por mim. Não podia estar presa a ti. Até um dia.
sábado, 23 de janeiro de 2010
domingo, 10 de janeiro de 2010
Manhã de Inverno
Há quem me compare com as piores coisas do mundo da Natureza.
Naquela manhã fria, andava à tua procura. Queria ver-te, não sei o porquê, Mas era uma questão de vida ou de morte. Sabia que estava a exagerar. Naquele momento apenas eras tu quem me coordenava.
Apetecia-me chorar. Que estupidez!
“-Joana, não sejas criança.”- disse eu baixinho para mim.
Porquê? Não podia ser outra pessoa?
“-Oh santa ignorância.”
Olhei à minha volta, estava a chover, por incrível que parecesse a chuva era suave, caía lentamente. Batia na calçada como música de embalar.
Ali estavas tu, a dar-me a mão, acompanhavas-me naquela melodia tão intensa, tão perfeita e única.
Quando deste-me a mão, foi como se dois mundos tão diferentes se unissem.
Estaria a sonhar? Ou apenas seria a realidade, pura e crua? Uma imagem tão nítida.
Queria que o tempo parasse, ficássemos ali para a eternidade.
“-Obrigada.”- agradeci-te, impulsivamente sorri.
Naquela manhã fria, andava à tua procura. Queria ver-te, não sei o porquê, Mas era uma questão de vida ou de morte. Sabia que estava a exagerar. Naquele momento apenas eras tu quem me coordenava.
Apetecia-me chorar. Que estupidez!
“-Joana, não sejas criança.”- disse eu baixinho para mim.
Porquê? Não podia ser outra pessoa?
“-Oh santa ignorância.”
Olhei à minha volta, estava a chover, por incrível que parecesse a chuva era suave, caía lentamente. Batia na calçada como música de embalar.
Ali estavas tu, a dar-me a mão, acompanhavas-me naquela melodia tão intensa, tão perfeita e única.
Quando deste-me a mão, foi como se dois mundos tão diferentes se unissem.
Estaria a sonhar? Ou apenas seria a realidade, pura e crua? Uma imagem tão nítida.
Queria que o tempo parasse, ficássemos ali para a eternidade.
“-Obrigada.”- agradeci-te, impulsivamente sorri.
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